Monday, October 19, 2009

Abaixo os docinhos de queijo!

Sinto dentro de mim uma revolta!!!! Vejo minhas amigas planejando os casamentos e indo a degustações... e agora deram pra excluir as coxinhas, risolis, bolinha de queijos e pasteis do cardápio!!!! Desde quando festa no Brasil acontece sem pelo menos um salgadinho frito?!??!?! Qdo q isso começou a acontecer?!??!?! Será que dentre os 4 anos q estou morando fora os parâmetros de uma boa festa mudaram tanto assim?!??!?!

Agora as festas são cheias de patês, carpaccios, petit bla bla bla, fulaninho au jour, sicraninho à moda oriental, crep au demí bla bla bla.... nomes que desconheço! Sabores q não me são familiar! E honestamente... td é tão “phynno”, q vivo uma melancolia por épocas de ficar limpando a mão na barra da toalha da mesa. Tempos áureos. Época boa, qdo as festas era regadas a coxinhas... e a alegria de achar um pedacinho de azeitona ali no meio... perdido... solitário... Qdo os docinhos ainda eram sempre os mesmos: beijinho, casadinho, brigadeiro e cajuzinho. Ah.... a alegria da consistência.... de saber o q está a sua espera....

Agora... td mudou. Vivo na incerteza. Vou às festas e sempre existe o elemento surpresa: é bonito, mas tem gosto de q?! Vc olha... parece com um beijinho... vc pensa: não tem erro, vou partir pra dentro! Pega logo 3, volta pra mesa e enfia logo um na boca... No primeiro movimento de mastigação, já cospe pra fora... um gosto azedo, travou tudo na sua boca... não tem coca-cola q dilua o gosto!!!! Parte pra fanta laranja... fanta laranja dilui qualquer gosto.... aos poucos suas papilas gustativas voltam ao estado neutro... vc consegue voltar a si.... começa a refletir.... finalmente: QUEM INVENTOU DE COLOCAR QUEIJO NUM DOCINHO?!??!?! Ainda por cima parmesão!!!! Não é nem um romeu e julieta... é um doce com leite e queijo parmesão e açúcar! Quem inventou essa receita?!??!?! E o pior... Quem encomendou esses docinhos?!??!?! Deveriam denunciar esses seres ao centro de culinária brasileira! Não sei se existe, mas se não existe, deveriam fundar um, pra podermos denunciar essas atrocidades!

A melhor parte da festa está sendo estraga em prol da necessidade brasileira de internacionalizar! Não minha gente, entenda.... veja bem.... vamos negociar essa parada, não pode ser assim. A gente internacionaliza qdo viajar pra fora, qdo for para um restaurante francês, ou na época da copa e olimpíadas pra poder acomodar toda a galera q vem de fora. Mas nos nossos casamentos, matemos nossa essência, né?!??!?! O fato é que td mundo acha bonito... beeeeeeeem chique... Mas sejamos sinceros, eu sou a primeira a cuspir fora ou deixar na mesa o docinho de damasco ou o carpaccio de salmão q tem gosto de maresia.

A única festa q ainda se mantém imaculada é festa de criança. Essa ainda não foi corrompida pela necessidade de internacionalizar, e vamos ver se pelo menos essazinha nós mantemos intacta... os casamentos não têm jeito, eu já abri mão. E nem adianta fazer cara feia... fingir q nao me entende... Nem me venha com hipocrisia falando q acha bom os docinhos bizarros com queijo, damasco e frutas cristalizadas q estão sendo lançados por esse Brasil a fora... pq todos nós sabemos q a única vez q pedimos pra trazer comida de volta de festa... são os docinhos do aniversário de 1 ano da fulaninha! Fala sério, quem nunca se alegrou com um prato ou um copo cheio de beijinhos, casadinhos, brigadeiros e eventuais cajuzinhos?! --- Eis q começo aqui um movimento em prol dos salgadinhos e docinhos tradicionais! Sigam-me os bons! Abaixo os docinhos de queijos! (cruuuuzis)

Tuesday, October 13, 2009

Sinto, logo expresso.

Pq será que as pessoas falam coisas q não sentem? Pq será q “eu te amo” virou sinônimo de “te quero bem”, ou “gosto de você” virou sinônimo de “te acho tolerável”? Expressões de afeto carregam com elas sentindo, não diria sentido único, mas elas carregam sentido forte. A partir do momento q misturamos os sentidos das expressões elas começam a perder o seu valor. Falar “eu te amo” qdo não ama, não somente ilude a pessoa que está ouvindo, como descredita toda sinceridade da expressão.

Entendo perfeitamente q existem tipos diferentes de amor, mas clareza em expressar o tipo de amor também se faz necessário. Falar “eu te amo” para um amigo exige q todas suas outras atitudes sejam condizentes com o seu “status” de amigo, caso não seja... a expressão fica ambígua e pode rolar um ruído, desentendimento, na comunicação.

Te digo... isso me deixa bem confusa... pq será que é tão difícil achar coerência entre o que sentimos e o q expressamos? Será que não entendemos o real sentido das expressões e por isso trocamos? Ou será que estamos no hábito de falar não o q sentimos, e sim o q o outro quer ouvir?! Seja qual for a resposta, a conseqüência é que vivemos hoje num mundo de expressões forjadas. Os sentimentos, acredito q são autênticos (seja qual for) mas, infelizmente, não são eles que geralmente expressamos. Expressamos algo diferente, expressamos o q o outro quer ouvir para se sentir bem quisto, expressamos o q o outro quer ouvir para nos sentirmos bem quistos, expressamos para manipular afeto, sentimento, ações. Expressamos, muitas vezes, para não nos sentirmos sós, para garantir o carinho alheio.

Se usássemos as expressões de afeto erroneamente por pura ignorância, por falta de entendimento... creio q consideraria um erro perdoável. Ignorância é sempre perdoável. Ignorância também pode ser remediada. Basta ensinar o certo e pronto, o erro não mais incorrerá. No entanto, creio que na maioria dos casos o erro da troca de expressão não é por ignorância, e sim por insegurança. Medo de rejeição, medo de ficar só... “se te dou afeto, você se sente compelido a demonstrar afeto em retorno”. – aviso logo, isso funciona. Mas... isso também faz com que o afeto demonstrado seja passageiro e sem fundamento. Sem base em que possa crescer e fluir. Se falo que “amo” pelo simples fato de sentir carinho, amo muitos, isso não significa q vou investir em todos. Mas, se falo que “amo”, pq dentro de mim não existe palavras pra expressar o borbulho de emoções, afeto, vontade de estar junto, o entedimento que nem tudo é perfeito, mas ainda assim quero investir.... o sentimento é único. É expressado não para apaziguar o sentimento do outro, mas pela incontinência das minhas próprias emoções. Nesse caso, o investimento é certo. A sinceridade, autêntica. A expressão é equivalente à emoção.

Quero q fique claro q sou culpada também de expressar o que não sinto. Tento sempre remediar, mas às vezes caio no erro. No entanto, com relação a amor... há anos vivo pela regra de que não falo que “amo” a não ser que não exista nenhuma outra palavra no dicionário que possa expressar o q estou sentindo. Posso demorar meses até falar pela primeira vez... mas qdo falar, pelo menos EU sei q é autêntico. Mas quero saber que não somente minhas expressões são autênticas, quero saber que as q ouço tb são verdadeiras.

Escrevo hoje não com o intuito de apontar ou culpar... mas pra fazer refletir... como seria mais simples e mais genuíno viver num mundo em que expressões de afeto tivessem um verdadeiro sentido. Que maravilha poder falar de amor sem questionar se de fato é amor ou carinho. Ou falar de saudade, sem questionar se é saudade ou uma simples falta de uma rotina. Poder saber que qdo falo que não gosto, não é equivalente a não amar... ou que qdo falo que to chateada, não to falando q quero menos bem. Eu desejo palavras sinceras e expressões verdadeiras... você não?!

Monday, October 12, 2009

Tendências questionáveis de Verão

Eu bem sabia... ficou curto.

Mas não se preocupe q não chorei, não liguei pra mulher reclamando e não passei o dia ontem de chapéu. Está totalmente tolerável. Não está tão fácil de ajeitar, mas com paciência e dedicação (nessas horas me dedico mesmo), meu cabelo até que ficou simpático. Ele carece de uma escovinha bem feita, mas daqui pro final do ano, vai ficar bom até sem escovinha! Viva viva! E ele precisa ficar bem simpático, pq acabei de ficar sabendo q a moda do verão será cabelo cacheado! No more escovas! Hahahaha

Dito isso... só tenho uma pergunta a fazer: quem decide qual vai ser a moda do cabelo pro verão?! Tendências de moda, estilo de roupa e acessórios, eu até entendo... mas quem decide o cabelo?!

Pra mim, é mais do que óbvioooooooo que a moda do verão vai ser cabelo cacheado! Quem tem paciência de ficar fervendo de baixo do ar quente do secador durante o verão só pra esticar o cabelo, e mais, que cabelo entra dentro d’água e não fica pelo menos um pouco ondulado?!?!??!? Esse povo parece que ta relatando o óbvio. “A nova tendência do verão serão os cachos”... não amigo, isso não é tendência, é fato! Mas daí vem a outra... Uma cabeleireira que conheci no meio do ano no Brasil, veio me falar que a tendência atual é trança! Tudo bem, ela é profissional, eu acredito... mas PQ?!?!?!??!? Quem decide isso?! E pq tranças?! Coisa mais aleatória!

Algumas teorias me vêem em mente... Pode ser q seja um painel de votação entre os cabeleireiros que anualmente pergunta: Que penteado vocês querem fazer esse verão? Tranças? Topetes? Rabos de cavalo? Ih... rabo de cavalo foi verão passado, então temos q escolher outro. Tranças então?! Vamos votar! Quem quer trança?! 75%, ta ótimo! O resto q não quer trança, comece a elaborar a tendência do ano que vem.

Ou será que é uma voz do além que fala pro estilista Máster com uma voz bem intimidante: “A TENDÊNCIA DESSE VERÃO SERÁ CABELO CACHEADO E TRANÇAAAAAAAAAAAAAAAA”, daí, o estilista máster vem e relata aos seus súditos, “ os cosmos capilares me revelaram que a tendência desse verão vai ter tranças e cabelos cacheados, de preferência cabelos cacheados com tranças!” E pronto... depois de dito isso a revista Vogue, Allure, Cosmopolitan, Hairs R US, Marie Claire... todasssssssss começam com uma edição: Cabelo e as tendências de verão: Cachos e tranças!

Quem decide????? Ou será que isso é um complô das revistas de modas pra terem sempre uma edição a mais, a de cabelos!!!! Será que tudo isso é um grande complô corporativo, e eu aqui inocente comprando as revistas pra seguir piamente as tendências da moda capilar?!?!??!?!?!Ahhhhhhhhhhhh, qta maldade ser manipulada assim....

Enfim... não sei qual teoria está correta... mas seja qual for... no verão estarei usando tranças e deixando meu cabelo au naturel. Os cosmos capilares que me aguardem.

Sunday, October 11, 2009

Tufos loirinhos caem por terra


Ontém fui cortar o cabelo. Nunca fui apegada ao meu cabelo... sempre fui chata com ele, mas em termos de corte... vira e mexe, sempre metia a tesoura. No entanto, como vivemos uma perpétua mudança... ultimamente tô apegada! Não sei bem o q é... pode ser o fato de só cortar o cabelo de 6 em 6 meses (no Brasil) e durante o resto do tempo ele tem q ficar do jeito q ta, ou... O fato de estar em sala de aula com várias alunas de graduação cricri...elas bem ficam de olho, eu sinto... ou....Pode ser o fato de que um corte de cabelo mal feito sempre é alvo de comentário e leva meses até se ajeitar... Não sei, mas cortar o meu cabelo, ultimamente, me deixa tensa.
Pois ontem eu fui. Não precisava cortar todo o cabelo, mas precisava dar um jeito na franja... justamente a parte da frente do meu rosto! Quase nunca corto meu cabelos nos EUA, então resolvi ir num salão perto de casa por recomendação de algumas amigas. Cheguei no salão e tinha um ser de cabelo rosa e outro de cabelo verde! SIM, verde!!! Verde limão, com a franja cortada na frente em V! Não sei se vocês conseguem visualizar o q estou falando.... mas te adianto q era grave. Sentei. Pensei: “as meninas já cortaram aqui... se acalme!” Fiquei elaborando o q eu ia falar pra cabeleireira! Fiquei torcendo para que uma cabeleireira de cabelo de cor normal me chamasse.

“Ei Laine” (é assim q eles lêem meu nome por aqui).
Eu corrijo: “A-Li-Ne”
“oh.... very pretty. Nice to meet you”

Ela tinha cabelo ruivo, nome normal, cabelo bem cortado e bem simpática. Q alívio.

Sentei na cadeira e falei q não queria cortar o cabelo todo, mas q queria ajeitar minha franja. Expliquei como queria e avisei: “Não corta muito curto pq meu cabelo é cacheado. Prefiro q deixe mais longo a vc deixar ele mais curto.” Ela sorriu... e falou: “ok”.

Penteou meu cabelo, mesmo seco, e resolveu q não iria lavar, que iria só alisar e cortar. Tornei a ficar tensa! Esse método era novo pra mim! Quem corta o cabelo e não lava?!?!?!?!? Me segurei na cadeira, mas fiquei calada. Vai ver q é o método americano de cortar o cabelo. Ela puxou minha franja pra frente e meteu a tesoura. Sem medo de ser feliz, ela meteu a tesoura várias vezes! Eu só via fios loirinhos caindo...Uns fios compridos, outros mais curtos.... Eram os compridos q me deixavam nervosa. Falei novamente: “cuidado pra não deixar muito curto.”

Ela: “no worries.”

Pra cima de mim “no worries”, eu worry sim!!!!!

Ela falou q como tinha cortado a franja, ia ajeitar o “frame” do meu rosto. Não sabia o q era isso, relutei mas falei “ok”. Coloquei um adendo: “just be careful, não quero meu cabelo curto e difícil de ajeitar depois”.

Mas parece q esse povo não entende. Eles não entendem q cortar a franja não é um corte de cabelo normal, é seu cartão de visita! É a frente do seu rosto!!! Caso não fique bom... não tem chapéu q cubra! Td mundo vai ver!!!! Mas ela resiste em entender... foi lá destemida com a tesoura! Levantava e cortava... Levantava e cortava... Tufos de fios loirinhos caindo em cima de mim.... cada um q caia eu olhava no espelho pra ver se não tinha ficado careca. Pra ser bem sincera, não sabia nem q tinha tanto cabelo só no “frame” do meu rosto!

Ela terminou. Olhei no espelho... ficou bom. Mas to desconfiada. Tenho certeza q ficou curto. Mas como ela alisou o meu cabelo, só saberei o resultado real qdo lavar o cabelo. Acho que essa técnica de cortar o cabelo com ele seco e alisado é tática de cabeleireiro... vc nunca sabe a merda q foi feita de cara, só vai saber qdo chegar em casa, lavar o cabelo e tentar ajeitar sozinho!

Me desejem boa sorte... é chegada a hora de ver o estrago!

Conto o resultado depois. :)

Friday, October 9, 2009

Bolo de óleo

Todo mundo já teve ou tem um parceiro de crime. Alguém que na infância, adolescência ou até mesmo na vida adulta esteve sempre perto pros seus momentos mais sem noção. Que te acompanhou na hora de tocar a campainha e correr, ou que passou o maior perrengue contigo naquela viagem em que foram acampar pela primeira vez. Eu, particularmente, tive o privilégio de ter vários parceiros de crime. Como estou sempre de mudança, meus parceiros mudam de acordo com as mudanças q faço. Mas aos longos dos anos vim a descobrir q existem parceiros de crime q permanecem parceiros mesmo à distância, e que permanecerão juntos pela vida inteira. Mesmo q não estejam perto pra acompanhar tudo, de longe incentivam, riem, brigam, e vivem as emoções de cada momento sem noção passado.

Ontem estava conversando com uma das minhas parceiras favoritas e fui lembrada de algumas histórias q passamos juntas. Para contextualizar, a parceria entre nós duas era desigual. Ela era minha super parceira, no entanto, dado o estado “sem noção” da criatura, me tornei parceira-superego. Acompanhava seus crimes, mas tava sempre junto pra colocar limite na brincadeira. Sim, confesso que sou a parceira mais sem graça!!!! A castradora !!!! A tia que fala: “essa brincadeira vai dar em choro”. Mas alguém tinha q fazer! E se não fosse por mim, a criatura estaria hoje saindo pelas ruas com calças rasgadas, dormindo pelos bancos de praças a fora, passaria dias sentada na privada por comer porcaria pela rua e beber o q não pode ou pior, presa em algum lugar por destruição de propriedade pública! Devo explicar q ela não tem a intenção de fazer nada disso... mas uma coisa leva a outra... o filtro dela não funciona direito e... de repente... “ops, derrubei o muro” ou “hum.... aquele x-tudo com queijo de cheiro estranho tava tão bom”... não é intencional... é a falta de filtro! Q culpa tem ela se ela nasceu sem?!???!?

Enfim... estávamos conversando, como fazemos quase todos os dias, e fui lembrada de um dia em que minha falta de noção desencadeou uma falta de noção dela.

Morávamos juntas e um dia resolvi q queria fazer um bolo de chocolate! Ela me incentiou: “simmmmmmmmmm, eu voto sim sim sim pro bolo de chocolate!” Eu falei: “Demorô! Vou pegar a receita no site e vou fazer o bolo!”

Fui no site, enquanto ela estava deitada na sala assistindo televisão, e peguei a receita! Fui até a cozinha pra ver se tínhamos os ingredientes e voltei: “ih... não temos manteiga o suficiente!”

Ela: “Ahhhhhhhhhhhh”

Mas não me inibi, já tinha pensado numa alternativa!

Eu: “vê, mas não tem bolo q é feito com óleo de cozinha? A gente tem um bocado de óleo!”

Ela: “temmmmmm! Bolo de cenoura é feito com óleo!!!”

Eu: “Então, eu posso usar a manteiga e o q faltar eu uso o óleo!”

Ela: “Isso! Por isso q sou sua amiga!”

Eu: “tá, então vou no site só pra ver qual é mais ou menos a proporção de óleo quando se substitui a manteiga!”

Entrei no site, e obviamente não achei a informação que queria. Resolvi q seguiria a receita do bolo de chocolate e misturaria um pouco das medidas do bolo de cenoura! Pensei: sou brilhante! Palmas pra mim!

Fiz o bolo, coloquei os ingredientes, o óleo, a manteiga, chocolate, farinha, fermento, ovo, açúcar, bati (à mão, não tínhamos batedeira) e coloquei no formo.

40 min. A receita dizia 40 min.

Faltando uns 10 minutos pra tirar do forno, fui verificar minha obra de arte! O cheiro tava uma delícia!!!! Abri a porta do forno esperando um bolo fofo de chocolate, ia fazer uma calda de brigadeiro.... mas... meus planos foram por água abaixo qdo vi q o bolo estava solado. Não tinha crescido. Mas não somente estava ele solado como estava banhando numa poça de óleo! ECAAAAAAAAAAAAA!

No entanto, como todos sabem, a esperança é a ultima q morre, pensei: “ daqui q termine de cozinhar, o bolo absorve o óleo.” Passaram mais 10 minutos... nada do óleo ser absorvido. Mais 5 e neca! Tirei o bolo do forno.

Vem ela da sala: “ e aí?!”
Eu: “e aí nada! Solou e ficou meio nojento”
Ela: “ah... mas ta com cheiro bom.”
Eu: “pois eh... mas ta bizarro... q m...”
Ela: “amigaaaaaaa, mas o cheiro ta bom! Vou comer um pedaço.”
Eu: “tá... mas pega um pedaço pequeno pq deve estar óleo puro.”

Ela pegou um pedaço e comeu. Falou q tava bom. Desconfiei. Tive q provar. Peguei um pedaço... e verifiquei q não tava bom, tava com gosto de óleo! Deixei o bolo na cozinha e fui pra sala assistir televisão, frustrada.

Ela veio atrás, com mais um pedaço de bolo.

Terminou o pedaço, voltou e pegou mais um....

Terminou o terceiro pedaço e foi pra cozinha pegar outro. Já no quarto pedaço....eu me levantei! Super-ego em ação!

“isso vai te fazer passar mal.”
Ela: “mas ta bom”
Eu: “Não ta bom... ta com gosto de óleo!”
Ela: “eu achei bom.”
Eu: “não... não ta bom. Nada de você comer mais. Qq coisa a gente sai pra comprar um bolo decente”
Ela: “ta, parei. Não como mais.”
Eu: “pensa q me engana?! Eu sei q se eu deixar o bolo aqui vc vai comer! Nasci ontem por acaso?!

Ela só fez rir... sabia q era verdade.

Peguei meu bolo, a protesto dela... e joguei todo no lixo! Ela ficou arrasada... mas hoje confessa q se eu não tivesse feito, ela teria comido o bolo inteiro e passado uns 3 dias sentados na privada. To dizendo... ela não tem culpa de ter nascido sem filtro!