Friday, September 3, 2010

Luto... minha despedida...

Como dizer adeus a uma pessoa q tanto amamos, e q tanto fez parte das nossas vidas? Acho q a questao nao eh tanto a forma "como" dizer esse adeus, acho q eh o simples fato de nao querer dizer adeus. De nao querer deixar para tras uma geracao de conselhos, risadas, historias, brigas, musicas, encontros, reencontros e carinho de voh. De nao querer abdicar da simples presenca dela (minha voh amada), do olhar questionador e cortante, do sorriso safado, das frases prontas e respostas rapidas. Dizer adeus a tantas coisas eh perder um pouco da essencia do q foi minha vida... daquilo que moldou minha infancia e adolescencia e q continuava me moldando ateh a vida adulta. Dizer adeus a ela, no fundo, eh dizer adeus a parte de mim.

Uma das coisas q mais admirei em vovoh, a vida inteira, foi a garra q ela teve. Um espirito de ousadia, de fugir do convencional... de encarar o desafio sem medo. Ela ultrapassou fronteiras, viajou pelo mundo, estudou linguas diferentes ja na 3a idade, enfrentou a morte, enfrentou pessoas, lutou pelo que achava certo... e tudo isso, muitas vezes, ela fez sozinha. Deus me deu um privilegio enorme em poder ter convivido e aprendido com ela durante tantos anos. Infelizmente, muitas vezes nao apreciamos o suficiente qdo estamos perto, mas a distancia ajuda a colocar as coisas em perspectiva e ajuda a filtrar somente os momentos bons da convivencia.

Minha voh vai deixar saudade... vou sentir saudade do cheiro dela, do cabelinho fino e loiro que passei minha vida acariciando e beijando em reencontros e despedidas. Vou sentir falta das historias... das musicas q me apresentou. Do cuscuz com leite de coco de manha, do melhor cozido da face da terra, do chocolate q nunca faltava em sua geladeira. Da sua paixao por sorvete e dos inumeros passeios ao shopping. Vou sentir falta das historias q me contava sobre meu avo, meu tio, minhas tias-avos... Sentirei falta dela sorrindo qdo Liane falava coisas erradas, ou qdo Jr fazia palhacada ou qdo eu chorava pq era emocional demais. Sentirei falta do seu jeito pratico e tambem da sua vivacidade, do gosto pelo samba, bossas, forroh...

Ela era unica, mas repassou para cada um de nos, filhos e netos, um legado. Carregamos conosco parte dela, partes diferentes, completementares e unicas. Cabe somente a nos perpetuarmos esse legado de ousadia, generosidade, coragem, cuidado, familia e vida. Sinto-me honrada por ter feito parte dessa historia e por saber q ela faz parte da minha.

Os ceus q se preparem, pq minha voh estah chegando perfeita e pronta pra vida!

-- Nine

Friday, April 16, 2010

...

um cheirinho de limpeza provem da minha geladeira! :)

viva! viva! viva!

Thursday, April 15, 2010

O cheiro da geladeira....

Quem me conhece sabe que tenho mania de cheiro. Meu qto é cheio de cheirinhos q coloca na tomada pra fazer o qto ficar com cheiro de pêra, baunilha, ou seja lá o q... O apto é cheio de vela. Meu xampu e condicionador são tão cheirosos que depois q tomo banho, o banheiro tem cheiro de jasmim e baunilha. Até o sabão que lavo minha roupa é escolhido por base do cheiro q ele tem, assim como o amaciante. Os cheiros precisam ser complementares.

Tenho obsessão por cheiros, e minha memória acompanha. Lembro do cheiro do perfume que minha usava qdo eu tinha 8 anos de idade, ou o perfume q minha irmã usava na adolescência... Perfumes de ex-namorados, o cheiro da casa de campo dos meus avós em Gravatá, PE, o creme de barbear do meu avô (ele é falecido há 16 anos), o cheiro de galinha q tinha o quintal da minha voh (ela tinha um galinheiro) qdo eu tinha 6 anos de idade, ou o cheiro de bode q tinha o quintal do meu bisavo (ele criava um bode).

Cheiros me marcam. Logo, não é de se surpreender que há 1 semana eu venho sentindo um cheiro estranho vindo da geladeira, e ando incomodada sem saber de onde vem. Começou com um cheiro bem leve... pensei q fosse do lixo. Tirei o lixo e joguei fora. No dia seguinte, ainda sentia o cheiro. Abri a geladeira e o cheiro tava leve, pensei q fosse uma comida q tava num saquinho... cheirei, não era o mesmo cheiro, mas joguei fora... vai q era aquilo. Próximo dia, o cheiro ainda estava por lá. Pensei: deve ser resquício da comida q joguei fora. Peguei uma caixinha de bicarbonato de sódio e deixei aberta na geladeira pra ver se neutralizava o cheiro (simmmmmmmm, funciona). Dia seguinte, o cheiro ainda tava por lá.

Comecei a ficar frustrada! Reclamei com a menina q mora comigo... e ela me falou que não estava sentindo cheiro de nada.... “tem certeza q não é o lixo?!” --- Fui ver se era... mas não era o lixo, de novo. Resolvi sentar e ver se tinha algum pote, ou comida fora da validade... Joguei fora 2 vidros... mas estavam fechados e não tinham cheiro de nada! O fedor continuava e começava a ficar mais forte. Passei a não querer mais abrir a geladeira! Não queria mais pegar nada dentro da geladeira. Tava bebendo água da pia... e se precisasse abrir a geladeira, tinha q ser de uma só vez pq não agüentava o cheiro!!!!

A essa altura já tinha jogado quase tudo fora, cheirado tudo quanto era pote, vidro, vasilha de plástico, garrafa... TUDO! E nada de descobrir de onde vinha o cheiro. Comecei a cheirar a geladeira... ver se o cheiro estava vindo de alguma prateleira. Cheirei todas, nada! Finalmente... qdo tava prestes a desistir... sentei no chão em frente a geladeira e tirei a gaveta de legumes (que por sinal já tinha tirado e lavado, 3 vezes). Sentada no chão, eu vi q lá no fundo tinha derramado alguma coisa q eu não conseguia distinguir o que era. Deve ser isso!!!! Peguei meus produtos de limpeza e comecei a limpar!!!!! Limpei tudo, minha geladeira estava com cheiro de produto de limpeza, e eu tava feliz.

Esperei secar e comecei a colocar as coisas de volta... qdo tava colocando tudo de volta, me deparo com o cheiro de novo!!! Queria chorar!!!!! Mas dessa vez o cheiro não estava vindo da geladeira, estava vindo de um saco de pão. Cheirei o saco, o cheiro era dele. Abri o saco e cheirei o pão, o cheiro não era do pão. A mesma coisa q deve ter derramado na geladeira, deve ter caído em cima do saco de pão.

Se o pão fosse meu, teria jogado tudo fora. Se a menina q mora comigo não estivesse do meu lado, teria jogado o pão dela fora. Mas o pão não era meu, e a dona do pão estava do meu lado e aparentava estar resistente a minha obsessão por cheiros. Falei q o cheiro vinha do saco, ela passou um pano em cima do saco e me devolveu para eu colocar de volta na geladeira. Eu estava prestes a colocar na geladeira... qdo olhei pra ela e falei desesperada “ I can’t DO IT!!!!!! Esse cheiro tá me matando... não posso colocar esse saco de volta.!!!! Agora q descobri o q é, não posso simplesmente colocar de volta!!! Please do something!!!” Ela começou a rir! Procurou outro saco pra colocar os pães, mas não tinha nada grande o suficiente. Procurou uma vasilha, nada... comecei a ficar tensa. Ela não ia jogar fora, e ela não estava encontrado outra coisa para colocar os pães. Finalmente falei: já que vc não quer jogar fora, coloca o saco do pão dentro de outro saco, q pelo menos abafa o cheiro. Fizemos isso.

Isso tudo aconteceu ontem... hoje será a hora da verdade!
Wish me luck!
Em breve tornarei com o resultado final da minha saga!

Thursday, March 25, 2010

Uma vez, eu tive uma ilusão e não soube o que fazer...

Pq será que insistimos em coisas que sabemos que não nos fará bem? Pq será que vemos o trem vindo em nossa direção e não somente ficamos no trilho, como começamos a caminhar em direção ao trem?

Muitas pessoas explicam esse tipo de atitude através da filosofia “quero viver o momento” – Carpe Diem!!!! Outras se fazem de vítima e falam que não sabiam para onde estavam indo. Outras ainda vêm o trem, mas distorcem a imagem (realidade)de tal forma q fazem com que o trem aparente ser uma luz.

Bom, não sei qual a melhor explição, nem sei se são verdadeiras, mas acho que no fundo tds caminham em direção ao trem pq vivem a esperança de q tudo mude. Todos vivem na expectativa de que o trem miraculosamente mude de trilho, desapareça, ou simplesmente seja uma ilusão! Tantos sonhos, desejos, ambições estão investidos naquele trem, q a idéia de abrir mão dessa dessa possbilidade aparenta ser muito dura em comparação a se permitir viver a ilusao (ou falsa esperança) de q tudo isso seja uma fase em direção a algo muito melhor.

Não julgo, sou vítima do mesmo mal.

A questão é: quando dizer “basta” ?!

O fato é que todos têm seu próprio tempo e trajeto até chegar a essa realização. Mas, em termos de definição, eu diria q a "falsa esperança" só mantém seu posto de boa alternativa à realidade enquanto a ilusão (esperança) se manter no âmbito do possível.

Quando criança, vivemos o mundo do possível (da imaginação) com muito mais frequência q na idade adulta. Isso se dá pq, enquanto criança, o nosso conhecimento de “mundo real” é limitado. Com 4 anos de idade não temos vivido o suficiente para entender que o Super Homem não é um personagem real. Que super poderes não são possíveis ou viáveis. Dentro do nosso mundo infantil, ele pode ser! O mundo, nessa idade, ainda não tomou sua forma completa, ele ainda está se formando. Da mesma forma q uma criança sabe q um leão existe mas nunca o viu, ela pode pensar q o Super Homem existe, mas ela nunca o viu. O mundo da imaginação, o mundo do possível, só começa a mudar qdo a criança começa a acumular experiência e distinguir dentre o real, possível e o imaginário.

Quando adultos, não vivemos as mesmas ilusões que uma criança. No entanto, vivemos outras ilusões. Ilusões amorosas, ilusões sociais, até ilusões religiosas, e a lógica da existência dessas ilusões permanece a mesma das ilusões infantis. Nossas ilusões, enquanto adultos, só começam a ser desconstruídas a partir do momento que começamos a acumular evidências indicando que a realidade é diferente da ilusão que construíamos e desejamos. Só acreditamos que um relacionamento está falido quando começamos a acumular evidências de que a realidade do relacionamento mudou. O que vai variar de pessoa a pessoa é o quanto precisa ser acumulado afim de que passemos a descontruir a ilusão e comecemos a reconstruir a realidade.

O fato é que a realidade as vezes dói. O que precisamos lembrar é que quanto mais rápido desconstruimos as ilusões, mais rápido temos a oportunidade de reconstruir a nossa história.

Friday, February 19, 2010

Sonhos reais...

Essa merece ser contada...

Ontém me deitei na cama por volta das 22hrs. Depois de um dia extremamente longo e cansativo, tomei banho, troquei de roupa, me deitei e liguei a televisão. O fato é que não consigo dormir sem a televisão ligada. Enfim... achei um programa q queria assistir (Friends) e dentro de alguns minutos já estava dormindo.

Lá pras tantas... começo a sonhar que estou conversando com uma pessoa. Não sei bem quem é a pessoa, mas estamos num papo bem intenso e aparentemente importante. Alguma decisão há de ser tomada. Enquanto o sonho vai acontecendo, começo a ter consciência de que estou sonhando, mas ainda não estou acordada.

No sonho estou conversando com alguém (não sei quem era a pessoa), e o papo era sobre diferenças culturais. Até então tudo bem... mas à medida q vou conseguindo prestar mais atenção no sonho, começo a perceber q o papo era sobre diferenças culturais entre humanos e não humanos, e pasmem... no papo, eu era a expert em não-humanos. O papo vai evoluindo e agora entendo também que não somente sou expert em não humanos (alienígenas), como também não entendo sobre a cultura humana. O Q?!?!?! Finalmente tudo se encaixa, e no meu sonho eu sou uma alienígena! É demais!

Começo a acordar.

À medida q vou acordando, meu sonho continua, e o papo continua... Mas agora não mais na minha cabeça... o papo sobre diferenças culturais entre humanos e alienígenas está acontecendo no meu quarto. Acho estranho, mas ainda estou acordando... vai q ainda estou sonhando!
Qdo abro os olhos, vejo q a televisão está ligada... e o papo está vindo daquela direção. Estranho...
Qdo finalmente consigo focar, lá está Sr. Spock em altos debates com Capitão Kirk, sobre um material q precisam oferecer para um conselho de humanos. Sr Spock aparentemente não consegue entender pq esse material é tão importante, e capitão kirk não consegue explicar se não através de importância cultural. O debate continua, e eu não faço idéia q danado de material é esse.

Comecei a rir.

O fato é que sempre esqueço de apertar o “sleep”.

Desliguei a televisão e tornei a dormir, na expectativa de que no proximo sonho tornaria a ser humana!

Saturday, January 30, 2010

Valetine's Day...

O AMOR, quando se revela,
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar p'ra ela,
Mas não lhe sabe falar.

Quem quer dizer o que sente
Não sabe o que há-de dizer.
Fala: parece que mente...
Cala: parece esquecer...

Ah, mas se ela adivinhasse,
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse
P'ra saber que a estão a amar!

Mas quem sente muito, cala;
Quem quer dizer quanto sente
Fica sem alma nem fala,
Fica só, inteiramente!

Mas se isto puder contar-lhe,
O que não lhe ouso contar,
Já não terei que falar-lhe
Porque lhe estou a falar...

Fernando Pessoa