Pq será que insistimos em coisas que sabemos que não nos fará bem? Pq será que vemos o trem vindo em nossa direção e não somente ficamos no trilho, como começamos a caminhar em direção ao trem?
Muitas pessoas explicam esse tipo de atitude através da filosofia “quero viver o momento” – Carpe Diem!!!! Outras se fazem de vítima e falam que não sabiam para onde estavam indo. Outras ainda vêm o trem, mas distorcem a imagem (realidade)de tal forma q fazem com que o trem aparente ser uma luz.
Bom, não sei qual a melhor explição, nem sei se são verdadeiras, mas acho que no fundo tds caminham em direção ao trem pq vivem a esperança de q tudo mude. Todos vivem na expectativa de que o trem miraculosamente mude de trilho, desapareça, ou simplesmente seja uma ilusão! Tantos sonhos, desejos, ambições estão investidos naquele trem, q a idéia de abrir mão dessa dessa possbilidade aparenta ser muito dura em comparação a se permitir viver a ilusao (ou falsa esperança) de q tudo isso seja uma fase em direção a algo muito melhor.
Não julgo, sou vítima do mesmo mal.
A questão é: quando dizer “basta” ?!
O fato é que todos têm seu próprio tempo e trajeto até chegar a essa realização. Mas, em termos de definição, eu diria q a "falsa esperança" só mantém seu posto de boa alternativa à realidade enquanto a ilusão (esperança) se manter no âmbito do possível.
Quando criança, vivemos o mundo do possível (da imaginação) com muito mais frequência q na idade adulta. Isso se dá pq, enquanto criança, o nosso conhecimento de “mundo real” é limitado. Com 4 anos de idade não temos vivido o suficiente para entender que o Super Homem não é um personagem real. Que super poderes não são possíveis ou viáveis. Dentro do nosso mundo infantil, ele pode ser! O mundo, nessa idade, ainda não tomou sua forma completa, ele ainda está se formando. Da mesma forma q uma criança sabe q um leão existe mas nunca o viu, ela pode pensar q o Super Homem existe, mas ela nunca o viu. O mundo da imaginação, o mundo do possível, só começa a mudar qdo a criança começa a acumular experiência e distinguir dentre o real, possível e o imaginário.
Quando adultos, não vivemos as mesmas ilusões que uma criança. No entanto, vivemos outras ilusões. Ilusões amorosas, ilusões sociais, até ilusões religiosas, e a lógica da existência dessas ilusões permanece a mesma das ilusões infantis. Nossas ilusões, enquanto adultos, só começam a ser desconstruídas a partir do momento que começamos a acumular evidências indicando que a realidade é diferente da ilusão que construíamos e desejamos. Só acreditamos que um relacionamento está falido quando começamos a acumular evidências de que a realidade do relacionamento mudou. O que vai variar de pessoa a pessoa é o quanto precisa ser acumulado afim de que passemos a descontruir a ilusão e comecemos a reconstruir a realidade.
O fato é que a realidade as vezes dói. O que precisamos lembrar é que quanto mais rápido desconstruimos as ilusões, mais rápido temos a oportunidade de reconstruir a nossa história.
Thursday, March 25, 2010
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